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Paisagismo de Interiores: plantas que não precisam de sol

Uma maneira de garantir o aconchego em casa ou em um projeto, é apostando em plantas de sombra. Elas são perfeitas para criar ambientes lindos, e muitas espécies podem ficar completamente distantes do sol, desde que, sejam bem cuidadas.

Podemos contar com as mais diversas espécies para decorar áreas internas: folhagens, espécies floridas e pendentes para dar um toque de verde em sua casa.

O que são plantas de sombra

Antes de citarmos as espécies, é importante entender que as plantas dessa categoria, não precisam do calor ou da luz do sol durante o dia. Contudo, plantas de meia-sombra precisam desse calor, e da luz, nas horas mais frescas para obtenção de nutrientes.

Plantas que não precisam de sol com frequência, são mais fáceis de serem mantidas, então são ideais para os jardineiros de primeira viagem.

Ficou com vontade de adotar uma planta para chamar de sua? Confira as características e cuidados para algumas delas.

01 – Zamioculca

É uma espécie muito utilizada devido à facilidade em cuidar. Não exige poda e por ser uma planta de meia-sombra, sua estrutura vegetal armazena água, então pode ficar um longo tempo sem receber regas – se tornando uma planta que não demanda cuidados complexos.

Por ser uma planta de meia-sombra são queridinhas para decoração de jardins de inverno e demais ambientes internos. Com suas folhas verdes e brilhantes, criam pontos de destaque nos espaços. Mas isso não impede de usá-las em ambientes externos, desde que ela seja protegida de sol constante, chuvas excessivas e ventos muito fortes.

Não existe contraindicação na escolha dos vasos, desde que eles tenham furos, para que a água escoe e não apodreça as raízes. Não custa reforçar: precisamos sempre de uma camada de drenagem no fundo do vaso com argila expandida ou brita.

O único ponto de atenção para essa planta é sua toxicidade, em momento nenhum elas devem ser ingeridas, por isso manter longe de pets e crianças.

02 – Pacová

Espécie legitimamente brasileira, mais especificamente da Mata Atlântica, e em seu habitar, fica debaixo das árvores.

Também conhecida como babosa-de-pau, possui folhas de um verde brilhante e intenso, que ajudam a decorar todos os cantos da casa. Algumas plantas, podem chegar até 2 metros de altura. Por isso, vale a pena investir em vasos que permitam o desenvolvimento e em lugares que ela possa crescer com tranquilidade.

Assim como a zamioculca, a pacová também é uma planta de meia-sombra, preferindo ambientes de iluminação indireta. Sua rega é moderada, sendo suficiente uma vez na semana, porque também armazena água em sua estrutura, sempre deixando o solo úmido. Essa capacidade de armazenamento, faz com que o pacová seja considerado uma planta suculenta.

Não existe restrição para usar o pacová em áreas externas ou varandas, apenas protegê-lo do sol para não desidratar a planta, queimar suas folhas ou ataques de pragas.

Mais uma vez, o único ponto de atenção para essa planta é sua toxicidade, para esse caso, cuidar com os cães e gatos.

03 – Clorofito

O clorofito, é uma folhagem ornamental, com origem na África do Sul, conhecida pelo seu charme e delicadeza de suas folhas, é uma planta de fácil cultivo que purifica o ar e aumenta a quantidade de oxigênio dos ambientes. A espécie, também conhecida como gravatinha ou planta-aranha, possui variedades de verde com tons de branco e creme que marcam presença em muitos projetos paisagísticos.

É uma planta com um longo ciclo de vida, e de fácil cultivo, sendo amiga dos jardineiros iniciantes. Pode ser cultivada tanto em vasos pequenos, como grandes canteiros e até em água. Seu tamanho compacto, que se limita à um tamanho máximo de 30 cm, não demanda uma rega constante, pois suas raízes servem de armazém para água e nutrientes. Como é capaz de suportar pequenos períodos de seca, o clorofito é um belo companheiro dos esquecidos.

Além da versatilidade, possui variedades que podem ser cultivadas tanto em sol pleno quanto sombra. Adaptada ao clima tropical, a planta é muito comum em canteiros, jardins e ambientes internos, uma vez que sua forma mais popular é o clorofito-de-sombra.

Suas folhas queimam sob o sol, então a luminosidade indireta ou filtrada é a mais indicada. Por esse motivo, o ambiente interno se torna muito favorável para o clorofito. A presença de cortinas ou persianas, ajustam a intensidade solar e facilitam o seu desenvolvimento que se dá entre as temperaturas de 18°C e 32°C. Para climas mais frios, essa espécie resiste até a temperatura de 10°C. Abaixo desse limite, qualquer temperatura se torna nociva para a sobrevivência da planta.

A manutenção do clorofito é simples, pois só demanda a retirada de folhas mortas e o corte de folhas machucadas. O uso de adubos e fertilizantes são benéficos para dar volume e brilho ao verde da espécie.

A gravatinha não é especificada como tóxica, porém, ela oferece riscos para o consumo demasiado. Curiosamente, é uma planta atrativa para felinos, que parecem apreciar as folhas. Sua ingestão, por outro lado, pode desencadear mal estar, então é bom cuidar com os bichanos.

04 – Comigo-Ninguém-Pode

Com a identidade marcada por folhas verdes e manchadas, a planta comigo-ninguém-pode tem a reputação de ser mística e equilibrar a energia dos ambientes, além de afastar o mau-olhado e a inveja. A comigo-ninguém-pode não requer uma atenção extrema no seu cultivo, sendo assim, muito indicada para jardineiros sem experiência.

A planta pode chegar até dois metros de altura, quando cultivada diretamente no solo. No entanto, em vasos, sua altura é restringida, por isso é sugerida a troca de recipiente sempre que a muda começar a crescer muito – algumas espécies até chegam a desenvolver flores e frutos, semelhante aos copos de leite.

A comigo-ninguém-pode precisa de luz para se desenvolver, mas a espécie aprecia locais de meia-sombra, luz difusa ou filtrada. Por essa característica, ela vive muito em am ambientes internos, porém, quanto menos luminosidade a planta receber, menos serão as manchas de suas folhas, ou seja, ficarão em um verde mais uniforme, ou até mesmo causar o desaparecimento das manchas – grande responsável pela sua beleza.

Essa planta tolera temperaturas acima de 30°C, porém o intervalo ideal de temperatura para seu cultivo é entre 20°C e 30°C. No frio, sua adaptabilidade é à temperatra

Apesar da beleza marcante e de atrair boas energias, ela deve ter o cuidado redobrado na presença de crianças e pets já que sua folha é tóxica. Seu nome, inclusive, faz referência à sua toxicidade, que quando ingerida, pode levar à morte em casos extremos. Nos Estados Unidos, ela é chamada de dumbcane (“cana de mudo”), pois alguns pacientes perderam, temporariamente, a capacidade de fala pelo processo inflamatório desencadeado pela química da planta.

05 – Singônio

O singônio é uma planta bem resistente, aguentando solos secos e com poucos nutrientes, pouca rega e até mesmo pouca luz. Por serem pouco exigentes para manter as folhas em forma de coração sempre lindas e saudáveis, as prefeituras costumam usá-lo para decorar parques e praças públicas.

Comparado com outras plantas, é uma das folhagens mais flexíveis e versáteis. São resistentes tanto ao sol forte quanto à ambientes de muita sombra. Podem ser cultivadas no solo, em vasos, como trepadeiras, suspensas ou até em água.

Suas folhas são desenhadas com uma borda verde escura e coloridas com nervuras amarelas ou cor de creme. Essa espécie cresce rápido e pode ser forração ou trepadeira, fechando bem uma área de canteiro ou camuflando paredes sem acabamento.

Assim como nós, o singônio muda sua aparência conforme envelhece. A característica nervurada é presente quando são jovens. Na fase adulta elas são completamente verdes.

Existem algumas crenças atreladas ao singônio. Dizem que deixá-lo próximo ajuda tanto na qualidade do sono, quanto na cura de enfermidades de pessoas doentes. Além disso, é dito que a planta desperta a iniciativa de mudança e ajuda as pessoas a superarem seus medos e inseguranças.

Apesar de todas as boas energias, assim como a comigo-ninguém-pode, o singônio também contém cristais de oxalato de cálcio, porém nessa espécie, essa substância está na seiva leitosa que ela produz. Quando essa seiva entra em contato com a pele, pode causar diversos efeitos como irritações e alergias. Por esse motivo, ao cuidar da sua muda, é necessária atenção, uso de luvas, lavagem das mãos e alerta com crianças e animais de estimação. Ao ingerida, os efeitos são severos e extremos. Todo cuidado é pouco.

06 – Costela-de-Adão

Muito amada não só pelo seu visual, como pela fácil manutenção e adaptabilidade, a costela é um dos tipos mais procurados pelos brasileiros para a decoração.

Outro nome comum ao gênero, monstera, vem da palavra em latim para “monstruosa”, que serve como lembrete, porque embora muito popular em vasos, a costela-de-adão pode atingir até 20 metros de altura no ambiente natural.

Pode ser cultivada em diferentes espaços, como em vasos, em água ou diretamente no solo. Porém, como gosta de luz, o local escolhido precisa ter claridade, mas não sol forte – que deixam as folhas amarelas e com buracos – meia sombra e iluminação indireta são a melhor opção para ela.

Por conta de suas largas folhas, ela possui um espaço maior de evaporação de água, por isso, pede regas um pouco mais frequentes que as outras espécies. No inverno, o intervalo de regas pode ser mais espaçado, chegando até a uma vez a cada 15 dias.

Produz um fruto, em sua fase adulta, que quando maduro é comestível e saboroso. No entanto, as outras partes da planta contém cristais de oxalato de cálcio, tóxicos quando ingeridos e quando entram em contato com os olhos por exemplo.

A Monstera deliciosa – nome científico da costela-de-adão – produz variações raras que são um espetáculo. A Monstera deliciosa variegata possui manchas brancas em suas folhas, e é quase um item de colecionador.

07 – Fitônia

Também conhecida como planta mosaico, pequena e delicada, a fitônia é perfeita para apartamentos, jardins e terrários. Originária do Peru, pode ser encontrada com diversas características. É considerada uma planta que atrai luz e energia para casa.

Suas folhas são verde escuras, com nervuras que variam nos tons de vermelho, amarelo e branco. E pelas suas cores, elas se dividem em dois grupos, sendo um com as folhas avermelhadas e rosadas, e outro com os veios brancos em destaque.

Essa planta precisa estar próximo ao sol, evitando o contato direto, a preferência é sempre ambientes com sombra e água fresca. Suas folhas anunciam se a luminosidade está ou não adequada. Se a cor estiver brilhante e intensa, a iluminação está boa. Mas se ficar opaca, é porque o vaso precisa ser trocado de lugar.

Por ser uma plantinha nativa da floresta Amazônica, as fitônias apreciam umidade, porém regas constantes podem apodrecer as raízes. No entanto, a falta de água faz com que as fitônias murchem rapidamente. Ou seja, ela exige um equilíbrio de regas.

A fitônia é uma planta rasteira e de baixa estatura – chegando a 10 ou 15 centímetros – não exigindo podas, mas é interessante cortar ramos mais altos para manter o visual harmônico entre os outros ramos. Essa pequena manutenção acaba estimulando o crescimento de novos brotos.

08 – Espada de São Jorge

Esta é uma planta linda e imponente, fácil de cuidar e de plantar. Além disso, pode ser usada como proteção de ambientes. Seus significados variam conforme região e cultura. Por exemplo, ela também é conhecida como espada-de-Ogum. Para as pessoas que seguem religiões de matrizes africanas, essa espécie serve como amuleto – assim como a arruda.

Outras pessoas utilizam essa planta para afastar energias negativas, e ainda, há quem utilize a espada como símbolo de prosperidade.

A espada-de-são-jorge é apenas uma, porém, possui parentes do mesmo gênero como: espada de santa bárbara e lança de são jorge.

As espadas-de-são-jorge são plantas de baixa manutenção e muito difíceis de morrer, sendo ótimas para quem não tem prática ou são jardineiros de primeira viagem. É uma planta bastante resistente, pois tem uma boa adaptação tanto a ambientes internos quanto em áreas externas com sol pleno.

Suas regas são semanais, e compõem arranjos bonitos com cactos e suculentas, que também são plantas que não exigem tanta atenção. Suas folhas rajadas se destacam na decoração e levam um toque de cor para os mais diferentes espaços.

A espada-de-são-jorge não requer poda, mas caso alguma folha comece a inclinar ou cair, ela pode ser retirada. Basta cortar, em linha reta, na parte inferior da folha, o mais próximo do solo.

Essa planta também é conhecida por purificar o ar do local em que fica, e por produzir uma boa quantidade de oxigênio durante à noite. Na loja, selecione a muda com folhas verde-escuras, essa tonalidade é um indicador de uma planta saudável.

Todas as suas partes são tóxicas para humanos e animais. Sua ingestão pode causar náuseas, vômitos ou desarranjo. É bom manter fora do alcance de crianças e animais domésticos.

Até a próxima,

Ksa. Arquitetura

Referências:

https://www.tuacasa.com.br/

https://www.jardineiro.net/

https://minhasplantas.com.br/

https://portalvidalivre.com/

https://casa.abril.com.br/

https://www.escoladebotanica.com.br/

https://www.vivadecora.com.br/

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